Bateria do Tuiuti retoma ensaios nesta quinta-feira

Junto com o Paraíso do Tuiuti chega ao Grupo Especial um profissional que vem se destacando há algum tempo no carnaval carioca. Comandante da bateria Super Som, mestre Ricardinho assumiu a bateria da agremiação em 2004 e desde então foram oito carnavais no cargo entre idas e vindas. Sob a sua regência a ala teve diversas ótimas apresentações e nos últimos três anos não perdeu nenhum décimo no julgamento da Série A. Os ensaios da ala começam nesta quinta-feira, dia 07 de julho, a partir das 19h30.

– Precisamos nos moldar um pouco mais ao que o jurado do Grupo Especial cobra. Já estou lendo muitas justificativas e penso que faremos um trabalho um pouco mais simples. No acesso já entramos como uma grande bateria. No Grupo Especial ainda não somos uma grande bateria, vamos buscar isso. Faremos uma revisão no nosso andamento, trazer um pouco mais pra trás. Penso que entre 146 e 147 (bpm – batidas por minuto) seria o ideal, mas isso vai depender do samba escolhido. Tem que ficar bom no ouvido e não no metrônomo – analisa Ricardinho, deixando clara a diferença entre os padrões de avaliação do Grupo Especial para a divisão de acesso.

O nome do mestre já havia sido ventilado anteriormente em algumas agremiações do Grupo Especial. Além do bom trabalho em diversas escolas dos grupos de acesso, Ricardinho é comandante do projeto Tamborim Sensação, que há mais de 14 anos vem formando ritmistas para as escolas de samba cariocas.

– Tenho um reconhecimento em cima do meu trabalho na Avenida e também pelo projeto Tamborim Sensação, que é referendado em muitas baterias. Ajudamos a recuperar muitos naipes. Lembro que há algum tempo as escolas do Grupo B desfilavam com poucos tamborins e cuícas, mas hoje isso não acontece. Fizemos um trabalho que me deu muita visibilidade – afirma Ricardinho, que encara com muita naturalidade a forma como se vem se desenvolvendo sua carreira no samba.

– Chegar ao Grupo Especial é uma questão de consequência. Não vivo do samba. Não sou um cara que fica ‘’botando a cara’’ em determinada escola para ser chamado, cavando aqui ou ali. Isso não faz o meu estilo. Me sinto muito feliz e vou desfilar no mesmo grupo que o mestre Ciça, por exemplo, que é um cara que é referência pra mim há muito. É um reconhecimento legal. Não sou um cara frustrado por não ter chegado ao Especial há mais tempo – conclui o mestre, que é professor e diretor de uma escola.

A Super Som desfilará em 2017 com 250 ritmistas e os ensaios durante o mês de julho acontecerão ás quintas. Quando as eliminatórias de samba começarem os ensaios para as sextas e, após a escolha do samba, sempre ás segundas. Os ensaios de quinta-feira voltam a rotina dos ritmistas da agremiação no mês de dezembro, quando haverá a lapidação final das bossas e a reta final de preparação para o desfile. Uma das marcas da Super Som nos últimos anos é a interação com o público. Ricardinho garante que isso continuará.

– Esse é um dos objetivos do nosso trabalho. Depois da gente vem a Grande Rio com Ivete Sangalo. Então a Avenida estará cheia e não podemos perder essa oportunidade pelo próprio momento que o Tuiuti está vivendo. Precisamos de um trabalho sólido e bossas de impacto que farão o público vir com a gente. Continuamos calcados em boa afinação, distribuição correta dos instrumentos. Trabalhamos em conjunto e tenho a tranquilidade de ter quase todos os ‘’marcadores’’ do morro. Isso é muito bom porque ensaiamos demais. A bateria tem que acompanhar essa vontade de a escola fazer diferente de todo mundo que subiu e acabou caindo.

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